caderneta1

My Photo
Name:
Location: Viana do Castelo, Minho, Portugal

Sou eu e só eu

Tuesday, February 28, 2006

os meus cãe e as minhas flores



que pequenina que eu sou :( e ainda estou sozinha, bem vejo as outras..... mas têm medo do frio e, teimam em não sair debaixo da terra

por enquanto sou sozinha, mas sou uma tulipa bonita, espero conhecer as minhas manas :)

as minhas violetas, muito cheirosinhas.............que lindas..........


o pinheiro de jardim, mais pequenino e mais levezinho, mas todo florido

onde estão as tangerinhas??????????

a minha jarra apenas com duas japoneirinhas


chegou a minha vez, eu sou a plantinha mais florida do jardim...... não me tirem mais das minhas florinhas, sei que dou uma certa vida á casa, mas deixem-nas cair........

onde está a pisca pequena?

que solinho....

que bem que estou!!!!!

O senhor Pisco a observar a paisagem


A Pisca de volta da japoneira
O que estará esta Pisca a cheirar?

O pessegueiro de jardim está muito bonito

As cúfias estão um bocadinho queimadas, mas a alfazema está toda florida

Monday, February 27, 2006

O DIA DE CARNAVAL




O Dia de carnaval na minha aldeia

"dia de entrudo passa tudo"
" é carnaval, ninguém leva a mal"
" dia de entrudo come-se tudo"


Era com grande ansiedade que esperávamos a chegada do Carnaval. Dias antes eu, as minhas irmãs e as moças da aldeia começávamos a fazer os nossos enfeites, não havia o consumismo que há hoje, por isso tínhamos que inventar a nossa fantasia. Para a máscara era muito fácil, bastava encontrar uma renda lá em casa para tapar a cara. Depois arranjávamos umas roupas muito velhas, de modo que não fossem usadas há muito tempo e vestíamo-nos tipo matronas.Para não sermos descobertas, juntávamo-nos todas numa casa, onde nos vestíamos, nos enfeitávamos e saíamos todas ao mesmo tempo em grupo, acompanhadas por um matrão a tocar o pandeiro. Claro que, numa outra casa a azáfama era igual para os rapazes, que se juntavam ao nosso grupo logo de seguida ( o mais giro era a imitação de alguns tolos e tolas lá da terrinha)
Percorríamos a aldeia várias vezes, e aproveitávamos para fazer as mais diversas travessuras ás pessoas que encontrávamos no percurso, tais como atirar farinha, cinza, pintar as pessoas com graxa dos sapatos etc... como ninguém nos conhecia, ou melhor nos identificava facilmente, dava-nos gozo um certo número de liberdades, e até aproveitávamos a ocasião para podermos fazer algumas que andavam recalcadas e de cara destapada não era tarefa fácil (risos)......
À noite dois solteirões faziam os casamentos que, era também um acontecimento interessante, e algo curioso, não havia solteiro e solteira a quem não fosse arranjado um par, e davam sempre um dote ao casal, este dote era sempre de péssimo gosto, tal como a burra coxa do tio Alfredo, ou uma manta velha muito rota para o casalsinho não ter frio, etc.

De Recordar que nessa altura os caretos de Podence ainda não gozavam da popularidade que têm hoje e, como tal, não havia Domingo Gordo ou mesmo Terça de Carnaval que eles , apesar da distância, não viessem à minha aldeia, o que eles faziam com o maior dos prazeres, quem sabe porquê?  Claro, para “chocalhar” as raparigas. Que medo, que horror, de notar que as matronas não éramos chocalhadas, respeitinho pela espécie (risos)

Enfim, tempos de saudade