caderneta1

My Photo
Name:
Location: Viana do Castelo, Minho, Portugal

Sou eu e só eu

Sunday, October 30, 2005

Os meus brincos parolinhos





Os meus primeiros brincos- parolinhos, mas......... lindos
Quando quero regressar aos meus tempos de menina, nada melhor do que nesse dia, quando coloco os meus adereços, ir á minha caixinha das recordações e retirar os meus primeiros brincos, fico muito vaidosa, esses brincos reportam-me aos tempos da instrução primária. Como os recordo com saudades
As imagens que eu tenho gravadas desses brincos:____ Eu era uma menina muito aplicada, e gostava muito de andar na escola, a professora gostava muito de mim, eu era muito boa aluna, recordo que ficava muito feliz porque quando vinha da escola, eu vinha muito contente, porque não tinha dado erros no ditado, tinha feito os trabalhos de casa , tinha os problemas e as contas todas certas, e tinha lido muito bem a lição, estas eram as 4 ou 5 tarefas básicas que todos os dias fazíamos.Mas porque estou eu a relatar todos estes "prós", --- porque a minha mãezinha, talvez devido ao facto de não ter sido professora e, esse tivesse sido o sonho dela, mas nunca realizado, viu nesta filha a representação de um dos seus alunos ou alunas que nunca teve. Assim, quando eu entrei para a primária já sabia ler , escrever e efectuar cálculos -- uma menina muito prendada - não sabia tocar piano, mas já conhecia algum vocabulário francês, recordo que nessa altura, a maior parte dos filhos das nossas terras já estavam emigrados, e claro, quando regressavam ficavam nos nossos ouvidos o ´çá bá bien , oi ' comem tu pass... etc... tu é joli'-- gente simples pela qual eu tenho o maior respeito e consideração. Todo este meu saber se devia, como disse, á minha mãe, que aos serões brincávamos connosco às professoras e ela dedicava algum do seu tempo a ensinar as suas criancinhas, éramos 6 e ela estava atenta a todas, mas a mais prendada e a que mais gostava de brincar às professoras era eu.Bom, um dia vinha eu muito eufórica da Escola, porque eu tinha "agarrado" o Antonio Paula na lição, passo a explicar , este meu companheiro de classe era repetente, e a Professora passou-o logo para a letra miúda, como eu já sabia ler a professora também me pôs na letra miúda, e enquanto ele ficava na mesma lição eu avançava, em determinada altura estávamos na mesma lição, a minha euforia era devido ao facto de o meu pai me comprar uma prenda, como me tinha prometido. E esse era um dia de sorte, imaginem o Sr Henrique, ourives de Mirandela, que andava pelas aldeias de mota com uma mala verde onde transportava o ouro, estava junto da nossa porta, ali num terreirinho, junto à "minha" roseira , e o prometido é devido, estão a ver a minha sorte, a minha prenda eram os brincos novos que ainda hoje possuo, guardo e os exibo com muita vaidade, são uns brincos parolinhos, como podem imaginar, mas são os meus brincos, "ganhei-os" foram um prémio, hoje são uns brincos com esta história.
A roseira ainda tem as suas raízes bem agarradinhas à terra, lá está sempre linda, mesmo quando no Inverno exibe os seus braços nuos e espinhosos, ela encerra muitos segredos, alegrias e tristezas. Não deixo de a cumprimentar quando vou à minha aldeia, e ela parece reconhecer-me, no meu jardim existem duas das suas filhas como recordação, são as roseiras da BóBela, e era nessa roseira da minha aldeia e junto à minha porta que a minha Santa Mãe nos esperava, a mim e ás minhas irmãs, quando vínhamos da Escola, se Ela não estivesse sentada debaixo da roseira à nossa espera, é porque não estava em casa, nós até ficávamos contentes, podíamos fazer umas travessuras.................. eram poucas as vezes que ela não estava sentadinha, debaixo da roseira à nossa espera , era uma mania, quem sabe, um descansar das suas tarefas ........

Como eu tenho saudades da minha roseira

mais uma estória

Thursday, October 27, 2005

Época balnear dos meus piscos







a nadadora

















que cansado












quase não se vê

















a nadadora/passeadora/dona do riacho











pisco a fazer uma escalada










praia linda





















Thursday, October 20, 2005

que melro bonito....




Este meu melrinho , que beleza, que postura, está a ver se me vê para poder fugir depressa e voar bem alto, está zangado comigo...........

O Senhor medronheiro ( de corpo inteiro)
















Este meu medronheiro, está mesmo muito bonito, é um vaidoso, ele sabe como eu gosto
dele....















os medronhos no chão, caíram com a chuva e o vento, quem sabe, os melrinhos não aparecem por aí a comer uns medronhos

Wednesday, October 19, 2005

Os meus piscos








A pisquinha, ainda era bem pequenina














A pisca leitora























quando os meus piscos eram

pequeninos,

vejam o seu ar de felicidade








O alfa, que postura!!!!!!




















O Maozinho, o dono da quinta


















A Srª Dª Pisca não liga aoSrº Pisco, este deve estar a pedir desculpa de alguma parvoice







o meu medronheiro





















O MEU MEDRONHEIRO E A MINHA ROSEIRA




Ainda Tenho uma planta mais bonita no meu jardim, uma roseira branca, que trouxe da minha aldeia, e que encerra milhentas histórias que me são muito, mas muito queridas,

Na minha aldeia só havia um medronheiro, e coitadinho, ainda nem pintava o medronho, e já nós andávamos á volta dele, recordo-o bem, não era de ninguém, “vivia” á beira do caminho, e ele deveria adorar dar os seus medronhos, vermelhinhos, que como disse, não chegavam a ser, pois nessa altura era visitado por toda a “garotada” da aldeia, e penso que os medronhos amadureciam mais tarde, a ideia que tenho, é que eles amadureciam pelo Natal.

Mas como apareceu o medronheiro do meu jardim,
Durante aproximadamente dois anos, eu via-o a uma distância mais ou menos de 50 metros, havia um monte de terra e de pedregulhos que o protegia e o tornava inacessível, lá estava ele muito orgulhoso no buraco de um muro caído. Eu todos os dias olhava para aquele verde , e dizia ---que lindo arbusto, quando tivermos o nosso jardim vai ser transplantado. Eu não sabia que era o medronheiro, era um arbusto pequenino, uma plantinha quem sabe tivesse ali nascido, tendo a sua semente sido transportada no bico amarelo de algum melro.

O certo é que fomos buscar a plantinha que eu admirava ao longe, apenas pela linda tonalidade do seu verde, eu vi que era um medronheiro!!!

Foi plantada com tanto carinho que passados nove anos ele faz questão de ter as suas folhinhas ainda mais verdes do que quando vivia sozinha no muro, presenteia-me com a sua sombra, quer que eu seja sua e protege-me dos olhares do passeantes do caminho, e ano após ano aparece carregadinho com os seus frutos, que me parecem ser mais vermelhinhos que os do medronheiro da minha aldeia. Como está cheio de flores, para o próximo ano o cenário repetir-se-á

Mas quem é mesmo o dono do medronheiro é o menino que com muito carinho me ajudou a plantá-lo, foi para nós, como que uma criança adoptada, fazíamos com que crescesse de tanto o olharmos.
"estes são: o meu medronheiro e a minha roseira"
habitam o meu espaço